Dianam, eu consigo professar
Por estas singelas linhas,
A adoração que concebes-te pela minha imagem!
Quadro demasiado abstracto,
Não pode ser enclausurado em escritos,
Ou então, a nossa pequena eternidade não chegaria
Para traçarmos os textos escorreitos que deveríamos!
Somos as descendentes da sirena suprema!
Carregamos, no suporte mútuo,
A obrigação de encandear de luz
Os escombros de onde teimamos
Desterrar as cinzas prolíficas do saber!
Carregamos no nosso âmago,
O cristal vítreo que energizará
E completará o rito em torno
Das raízes do pensamento!
Nós faremos ressurgir a poesia
E a música babilónica a que me remetes.
Dama de branco e dama de preto!
Das urnas frutuosas
Que transportamos,
Iremos urdir uma nova doutrina!
(perdoa-me o esquecimento da publicação mas já conheces o meu caos pessoal,
poema enviado para o concurso Ministério da Poesia 2009)
1 comentário:
Na verdade, eu é que tenho de pedir mil e uma desculpas, por expressar somente agora (formalmente) as minhas palavras de agradecimento: obrigada. (:
For you:
"A mulher caminha pelas urzes, no auge / do vento, já depois da morte, enovelada / pelos ramos que cortam a paisagem.
O homem está parado como uma ave / de pedra, batida pelo fumo. Depois, é o / corpo dela desfeito sobre os rochedos, / uma faísca que incendeia um pedaço / de madeira. O homem, amarrado a uma / mancha de ferro, contempla o corpo vazio.
Um pássaro cego cai em cima de um espelho. / É o rosto dele despedaçado, a dor. / Tudo é medonho à sua volta, a parte / de trás da luz, a humidade, a respiração das plantas." - Jaime Rocha
With all my love,
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