- Pensamento parvo do momento: tornei-me numa pessoa de digestão lenta! A sério!! As coisas custam-me a passar pelo filtro e não me estou a referir a comida.
...adiante...
- A vida aqui pela Inglaterras vai seguindo o curso normal, diria eu. Uma pessoa tem que tomar decisões e aceitar as consequências, os acontecimentos positivos e negativos. Não me posso queixar mas como boa portuguesa tenho sempre que enfatizar os defeitos :D isto por aqui tá um frio do mais fucking amazing haha!! Nunca fui pessoa de gostar de sítios muito quentes e sempre preferi os tempos mais frescos ao calor abrasador. Mas meus amigos ao que parece hoje, pelo que me disseram, tinha zonas escurecidas nos lábios...e ainda não devemos estar no pino do Inverno...confesso que estou um pouco receosa, vai que congelo mesmo e depois acho que não há retorno possível dessa situação.
- Outra coisa inevitável são as comparações certo? Afinal que diferenças já encontraste aí por essas terras? Ui, muitas mas também já bastantes semelhanças. Ora uma pessoa chega aqui e é bem recebida e isso é bastante encorajador, faz-nos não tremer tanto nas canetas, dá-nos algum alento. Já fui tão mal tratada no meu país ao menos por aqui a coisa ainda não se deu. Mas depois uma pessoa começa a ver as coisas com maior clareza. Tenho pensado que de facto no início tudo parece muito mais bonitinho do que é e a certo ponto o encantamento quebra-se. O meu já se quebrou há muito tempo, não precisei de muito tempo para observar bem as pessoas e adivinhar-lhes alguns comportamentos. E como disse há pouco tempo a algumas colegas, onde existem pessoas existem problemas. Não interessa bem qual a língua que falam. Mas não interpretem isto como algum estado de desânimo, nada disso. É só que uma pessoa espera que algumas coisas sejam "mais à frente" e vai na volta dou por mim a pensar "estes gajos são uns tónes, uns tótós, uns complicadinhos". Digamos que algumas das suas complicações até tolero porque analisando bem até são para proteger (pelo menos) a nossa situação profissional mas por outro lado às vezes são demasiado lentos, burocráticos e coisas que tal. Mas como estou cá para me adaptar lá vou encaixando algumas linhas de pensamento. Por outro lado sempre que posso lá vou mandando o meu bitaite do "acho que alterando isto ou aquilo teríamos melhores resultados"...mal não faz.
- Em relação ao trabalho em si, estou a entrar no esquema aos poucos. Isto parecendo que não ainda é uma catrefada de informação a absorver e também o compreender como as coisas funcionam per si. Sinto-me suficientemente à vontade para questionar e expôr o meu ponto de vista. Além disso, quer se queira ou não, temos de adaptar a nossa forma de trabalho porque existem regras bastante restritas e não convém uma pessoa armar-se em "papo seco". Simplesmente perguntar como é "normal" fazerem determinada coisa é o suficiente para se ficar esclarecido. Confesso que a minha dificuldade tem passado mais pelas burocracias do que propriamente pelos doentes ou técnicas. E também pelo falar ao telefone...imaginem atender telefonemas (ou fazê-los) numa área super movimentada e com gente sempre a fazer barulho e muitas vezes ter de tentar entender um sotaque estranhíssimo debitado a mil à hora...ok, aqui sim eu panico muitas vezes!!
- E pouco depois de 3 meses passados ainda não há vontade de voltar a correr para trás. Sim, porque já me perguntaram isto tantas vezes que já enjoa :)
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