quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Inteligência Emocional

Começa o dia
Desperta-a-dor
O meu passeio matinal
Pelo teu corpo
Enquanto ficamos
Desinteressados da vida
Concentrados apenas na
Linguagem muito específica
Que escolhemos para
Nos entendermos
No nosso pequeno universo
Ilha de terra sanguínea
Presa ao melhor que há em nós
Rodeada do pior que há nos outros


in Diálogo de Vultos, Fernando Ribeiro

2 comentários:

Anónimo disse...

Dupla homenagem ao Senhor Fernando Ribeiro, nunca com o intento de recrudescer o seu vulto, somente enaltecer um pouco mais. Muito bem.

Sendo assim, alguém tem de preconizar as honras, igualmente, para a Senhora Joana Ribeiro. Dedicado a ti:

"A LUZ IRROMPE ONDE NENHUM SOL BRILHA

A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar, as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objectos da luz
atravessam a carne onde nenhuma carne reveste os ossos.

Nas coxas, uma candeia
aquece as sementes da juventude e queima as da velhice;
onde não vibra qualquer semente,
arredonda-se com o seu esplendor e junto das estrelas
o fruto do homem;
onde a cera já não existe, apenas vemos o pavio de uma candeia.

A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
sem ter defesa ou protecção, as nascentes do céu
ultrapassam os seus limites
ao pressagiar num sorriso o óleo das lágrimas.

A noite, como uma lua de asfalto,
cerca na sua órbita os limites dos mundos;
o dia brilha nos ossos;
onde não existe o frio, vem a tempestade desoladora abrir
as vestes do inverno;
a teia da primavera desprende-se nas pálpebras.

A luz irrompe em lugares estranhos,
nos espinhos do pensamento onde o seu aroma paira sob a chuva;
quando a lógica morre,
o segredo da terra cresce em cada olhar
e o sangue precipita-se no sol;
sobre os campos mais desolados, detém-se o amanhecer." -
Dylan Thomas
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Anónimo disse...

bem este poema relembra-me as manhas k acordo quando nem mal dormi pk apenas deu para descansar os olhinhos para ir tratar dos outros k e aminha profiçao ... e quando dou por mim olho ao espelho e vejo um fantasma de olhos negros k ja nem pouco raciocina e mecanicamente se manifesta sem para para k os outros tejam bem .. sim nao e dificil mas e duro quando vemo-nos sem forças e nos deitams n cama a dormir 2 dias seguidos depois e uma semana de trabalho com horarios nsplicveis k nao destinguem o dia da noite um trabalho do outro sempre a entrar i a sair de bata branca sem observar o mundo k nos passa ao lado apenas a desgraça que vemos e o comprmiço de tratarmos seres humanos nos da forças pa continuar.
enf pedro