Retrato do que de melhor já projectei ao mundo...
Eu ainda recordo o espólio que segurava nas pontas dos caracóis e de como as minhas certezas se afiguravam lúcidas ilacções!
Revolvia o meu sorriso tão eloquentemente ... ser carinhoso, ser brilhante, ser ternurento... eu ainda recordo o que eu tinha ... a paz, a certeza, a bondade!
E quando sentia o sol nas minhas costas,
cantava com quantas cores eu conhecia então,
o solfejo da minha felicidade!
2 comentários:
Devo dizer que concordo com a primeira afirmação - "Retrato do que de melhor já projectei ao mundo..."- somente no sentido em que as palavras desta "partitura" em particular edificam uma espécie de eflúvio próprio da aurora estreme, intocável, inefável. Digo isto, porque soa a uma réstia oblíqua de luz a reflectir-se num abismo; entoa como infímas ondulações num mar resoluto e sereno; como o sol a descer no horizonte rubro de esperança.
Mesmo pela minha devoção ao profano onírico que as palavras podem transfigurar, penso que o que escreveste demonstra uma ruptura, para te deixares repousar na brandura da melancolia. Descansa, apazigua a melodia fremente em ti, descansa...
A ti Bride Eternal, o alter-ego da tua supremacia - veleidade no fim dos sonhos...
Doce tormento da mente
Doce inocencia de um mundo obscuro e secreto
doce olhar de inocencia para o abismo
Doce olhar de sonhos para o pesadelo
A fase mais bonita da nossa vida??
Talvez a pior
ilusoes sonhos objectivos que a realidade dura e crua te acabara por tirar
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