segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aura

Póstumamente serei a imagem
Desbravada do olhar cínico
Em extensões não intencionais.

As minhas passadas inconfundíveis,
Terão pisado amargamente
O vosso foco de dor.

Na obstinação esculpida
Das rugas da face, distendem-se
O conhecimento supremo do fracasso!

Pintem-me a aura!

Não?!

Deveras infundada esta missão!

Aura Noir, ad eternum...

1 comentário:

Anónimo disse...

" Eternidade

Vens a mim
pequeno como um deus,
frágil como a terra,
morto como o amor,
falso como a luz,
e eu recebo-te
para a invenção da minha grandeza,
para rodeio da minha esperança
e pálpebras de astros nus.

Nasceste agora mesmo. Vem comigo." - Jorge de Sena, in 'Perseguição'

"Aura Noir, ad eternum..." :)

With all my love,
Artemis