“Leave me alone, i’m too tired for these crazy theories...” After Forever ‘Dreamflight'
1 comentário:
Anónimo
disse...
Pode ter um degusto brasileiro, mas a essência demonstra-se firme que nem "Cal".
A FORÇA QUE IMPELE ATRAVÉS DO VERDE RASTILHO
"A força que impele através do verde rastilho a flor impele os meus verdes anos; a que aniquila as raízes das árvores é o que me destrói. E não tenho voz para dizer à rosa que se inclina como a minha juventude se curva sob a febre do mesmo inverno.
A força que impele a água através das pedras impele o meu rubro sangue; a que seca o impulso das correntes deixa as minhas como se fossem de cera. E não tenho voz para que os lábios digam às minhas veias como a mesma boca suga as nascentes da montanha.
A mão que faz oscilar a água no pântano agita ainda mais a areia; a que detém o sopro do vento levanta as velas do meu sudário. E não tenho voz para dizer ao homem enforcado como da minha argila é feito o lodo do carrasco.
Como sanguessugas, os lábios do tempo unem-se à fonte; fica o amor intumescido e goteja, mas o sangue derramado acalmará as suas feridas. E não tenho voz para dizer ao dia tempestuoso como as horas assinalam um céu à volta dos astros.
E não tenho voz para dizer ao túmulo da amada como sobre o meu sudário rastejam os mesmos vermes."
1 comentário:
Pode ter um degusto brasileiro, mas a essência demonstra-se firme que nem "Cal".
A FORÇA QUE IMPELE
ATRAVÉS DO VERDE RASTILHO
"A força que impele através do verde rastilho a flor
impele os meus verdes anos; a que aniquila as raízes das árvores
é o que me destrói.
E não tenho voz para dizer à rosa que se inclina
como a minha juventude se curva sob a febre do mesmo inverno.
A força que impele a água através das pedras
impele o meu rubro sangue; a que seca o impulso das correntes
deixa as minhas como se fossem de cera.
E não tenho voz para que os lábios digam às minhas veias
como a mesma boca suga as nascentes da montanha.
A mão que faz oscilar a água no pântano
agita ainda mais a areia; a que detém o sopro do vento
levanta as velas do meu sudário.
E não tenho voz para dizer ao homem enforcado
como da minha argila é feito o lodo do carrasco.
Como sanguessugas, os lábios do tempo unem-se à fonte;
fica o amor intumescido e goteja, mas o sangue derramado
acalmará as suas feridas.
E não tenho voz para dizer ao dia tempestuoso
como as horas assinalam um céu à volta dos astros.
E não tenho voz para dizer ao túmulo da amada como sobre o meu sudário rastejam os mesmos vermes."
- Dylan Thomas( tradução: Fernando Guimarães)
With all my love,
Artemis
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