Em nome da memorável noite – 8 de Outubro de 2008 – Teatro Sá da Bandeira
Alor nocturno a sacudir levemente as cinzas dos ombros,
Os passos a contorcerem-se numa ansiedade peculiar.
Descia o asfalto, cabisbaixa,
Anestesiada com a diminuta ideia de libertar inconsequentemente
Toda a gravidade do corpo,
Ser sorvida por um buraco negro, universo paralelo/alternativo.
Não sou mais eu, são imensuráveis dedos:
Massa anónima perante a revelação dos deuses,
Degustaremos o absinto divino?
Os primeiros acordes suspiram e o bramir do êxtase
Impele as vozes a excogitar o seu espaço.
Embevecidos por um torpor concupiscente,
Permitimos os corpos baloiçar na bruma, intocável melodia.
As despedidas, sombras a dissipar a carne,
A inumar desejos, a deixar-nos sós.
Aguardamos na eternidade dos dias
O revisitar da esfinge descalça:
Renovado ardor da guitarra.
Texto: Lady Artemis
Fotografia: Pedro de Sousa
1 comentário:
Porcupine Tree and Pure Reason Revolution...wow
“When the evening reaches here
You're tying me up
I'm dying of love
It's OK” – Trains*
“Dark matter flowing out on to a tape
Is only as loud as the silence it breaks
Most things decay in a matter of days
The product is sold the memory fades
Crushed like a rose
In the river flow
I am I know” – Dark Matter *-Porcupine Tree
(Obrigada pela oportunidade)
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