domingo, 21 de setembro de 2008

Mãos


Emiscuir-me (deveria) de apurar pela digitalização
Impressionista de marmóreas vivências as
Conventuais conversas, ininteligiveis, no resguardo
De biombos propositados...

Flexores e extensores, graves movimentos contorcionistas
Alcançando volumptuosamente entranhas e pele, osso e carne
Material e imaterial, corpóreo e volátil,
A sagaz condição derramada entre vontades, sonhos e realidade!

As minhas mãos!

Apêndices oblongos, não discretos, gélidos mas ferverosos na essência!
A conexão justificada e fulcral procedente de autos,
Apaziguadora na vitalidade de um sopro
Ímpia (mas talvez corrompida) na serenidade de mortalhas exangues.

As nossas mãos!

Paralelismo de emoção nas redomas da felicidade!!!
Afinidade em êxtase, no balanço suave do toque!...
No reencontro tão esplêndido da Noite com o Dia,
Aqui te ofereço motejada ferida manual
O meu percurso altruista esculpido em rugas imperceptíveis.
Carpindo hediondos percursos erróneos de ontem
Ampliando o abraço para te receber hoje e amanhã!

6 comentários:

Anónimo disse...

temos música já :)


beijinho.

Anónimo disse...

"Paralelismo de emoção nas redomas da felicidade!!!"

adorei esta frase amor!

porra.. sinto-me inutil por nao saber o que dizer!

ficou muito bom..

Lili disse...

Uma vez que vi dois comentários decentes, tomei a liberdade de fazer um comentário parvo:

Se ias fazer um post sobre mãos tiravas foto ás minhas pah! São giras e tal como as tuas estão literalmente abençoadas!!! Só ainda não estão no seguro como as pernas do outro :)

Bj miúda

Pedro de Sousa disse...

*Tentando passar os ciumes do senhor\senhora anonimo ... xD*

No entanto digo o mesmo, nao sei o que dizer ... fazes magia de cada vez que escreves Joana ...

Mas ao fazeres assim um texto tão bonito, nao pensas que eu me vou ficar pois não ? ... =)




Amo-te !

BURY ME ALIVE disse...

É QUANDO EU ME PRECIPITO NO ABISMO QUE EU SINTO TUA MÃO PUXAR-ME DE NOVO...
SINTO QUE ESTÁS COMIGO ATÉ QUANDO EU NÃO ESTOU EM MIM...
LEMBRO MUITOS MOMENTOS TRISTES ONDE O TEU OLHAR CHORAVA COM O MEU,
LEMBRO DIAS DE DESESPERO ONDE O TEU OMBRO AMIGO NUNCA DEIXOU QUE EU ME AFUNDA-SE NA SOMBRA QUE TANTO ADMIRO...
É NA ESCURIDÃO QUE EU VEJO TUA MÃO PUXAR-ME PRA VIDA...
ONDE ANTES ERAMOS TANTOS AGORA SOMOS TÃO POUCOS QUE CHEGAVA A PENSAR SE VALIA A PENA DAR A VIDA POR ALGO QUE NUNCA CHEGARIA A EXISTIR MAS ERA AI QUE TU ME RELEMBRAVAS MEUS SONHOS,
ERAS TU QUE ME RELEMBRAVAS O PORQUE DE TANTA DIFERENÇA E A RAZÃO DA INDIFERENÇA...
LEMBRO-ME DE ME RIR TENDO TEU RISO COMO COMPANHIA,
TU SABES COMO SILENCIAR MEUS GRITOS POR MAIS MUDOS QUE SEJAM...
DA-ME A TUA MÃO E JUNTOS VEREMOS A MONÇÃO DEVASTAR O MUNDO QUE TANTO NOS ODEIA,
AGORA JÁ NÃO ESTAMOS SOZINHOS JÁ TANTOS SE JUNTARAM A NÓS NESSA BATALHA FINAL PELO DIREITO À DIFERENÇA!
FORAM MOMENTOS SEM EXPRESSÃO ONDE A PRESSÃO ESMAGAVA NOSSA FÉ NO SOBRENATURAL,
OUVE MOMENTOS TÃO SÓS QUANDO TANTOS ROSTOS AMIGOS SE TORNAVAM DESCONHECIDOS...
AINDA LEMBRO AQUELE RECREIO SANGRENTO ONDE TE JUNTAS-TE A MIM NAQUELE SUICIDIO A QUE TODOS CHAMAM VIVER,
E É NESSE VIVER QUE EU ME ORGULHO DE TE TER COMO COMPANHIA,
FORAM TANTOS E TANTOS DIAS QUE OS SEGUNDOS VIRAM ANOS AFINAL TU SABES TODOS OS MEUS SONHOS ATÉ OS QUE JÁ ESQUECI...
OS LAÇOS QUE DE ANTES ERAM VELUDO NEGRO SÃO AGORA LAÇOS DE SANGUE ONDE AGORA EU E TU ESTAMOS LIGADOS POR VEIAS ONDE A AMIZADE NUNCA PARARÁ DE FLUIR E ONDE NEM A MORTE NOS IRA SILENCIAR...

Anónimo disse...

Em tom de precipitar a desinência ainda no limiar de tudo isto, o verbo carpir escamoteou do meu insconsciente (inconsequente) a seguinte série de palavras: "O eco retumbante de uma Carpideira" e tomando as rédeas de uma ilação mais interpretativa, penso (num solfejar sórdido ao meu ego): a carpideira sou eu, revisitada por um fumo sorumbático. Nunca irei sentir o mais dulcíssimo toque dessa inconquistável energia, que te percorre a cada rasgar lúcido de consciência. Fico-me pelo contemplar digno de tal força, que mesmo representado por um pleno enlear de dedos, me conta histórias de um amor sempiterno.
Como a perfeição é presente, mesmo quando olhares de soslaio mergulham no infortúnio da humanidade...

Ah senhor Carlos! O profeta da deliberação profunda, que se esquiva silenciosamente para constituir forma nos confins da mente!

Joana & Pedro, os eternos heróis, por desafiarem o abismo da humanidade!

With all my love,
Diana


P.S-*(je t'adore)*